quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Todo carnaval tem seu fim


Agora sim, podemos dizer que o Brasil começou o ano de 2008. Mesmo com o término do nosso querido carnaval, as mentes brasileiras estão viradas para os “nossos guerreiros”, como diz o espectro de Pedro Bial todos os dias após o retrato da sociedade brasileira, conhecida como novela.

Os veículos de comunicação irão descobrir que os hospitais estão cheios de doentes pelos corredores, que políticos estão envolvidos em esquemas de corrupção e que pessoas estão morrendo todos os dias com balas perdidas, acidente de carro ou de diversas outras formas que desenvolvemos neste país. Os torcedores irão chegar a conclusão que seus times estão sem condições para disputar os campeonatos varzeanos que se tornou o futebol brasileiro devido a fuga de pés para os países europeus e asiáticos .

Também, infelizmente os jovens não vão saber que precisarão recorrer ao passado se quiserem fugir de uma cultura baseada em cantores de Axé, bandas EMOS, livros de auto-ajuda, filmes comerciais e programas televisivos que objetivam contar o número de vezes que o Fábio Júnior ou a Grethen foram casados. Tomara que não seja tarde demais para que o “futuro do Brasil” descubra que além do Fresno, CPM 22, MC Leozinho, existe Jorge Ben, Chico Buarque, Marisa Monte, Paulinho da Viola, Cartola, Elis Regina e dezenas de outros que moldaram a nossa musicalidade. Que ao invés de olhar enlatados como Big Brother, O Aprendiz, Troca de Família e muitos outros programas importados da televisão americana, encontra-se escondido um mundo fantástico nos livros de Gabriel Garcia Márquez, nas poesias de Quintana, Drummond ou Veríssimo.

Sinto muito em informar, mas existe vida fora da casa do Big Brother, e você faz parte dela. Não foi indicado pro paredão, não ganhará fortunas pousando para revista, não namorará pessoas famosas e nem muito menos ganhará um milhão.

Um comentário:

Fernando disse...

Abram alas que chegou gente NOVA com escreve com sangue nas veias e neurônios (além dos dois usuais).
As (os) grandes jornalistas podem ficar descansadas (os): a corrente está andando.