terça-feira, 31 de março de 2009

Sem emprego e sem diploma também?


Ano passado participei de um ciclo de palestras sobre comunicação comunitária promovido pela ABRAÇO (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária). A princípio meu interesse era o de conseguir as tão dolorosas horas complementares, mas depois prestando atenção na fala do jornalista e apresentador do Programa VerTv, Lalo Leal Filho, concluí que aquele encontro podia ser mais do que números no meu diploma.
Na ocasião, o jornalista chamou a atenção dos presentes para o espaço que a mídia dispõe para discutir sobre seus próprios assuntos, ou sobre ela mesma. Segundo Lalo, os meios de comunicação não exploram seus próprios assuntos e problemas, assim como, não apresentam à sociedade o que realmente acontece por de baixo dos panos. Mas qual é o interesse dela com isso?
Deixando de lado assuntos que dizem respeito à sociedade, esses mesmos meios de comunicação entopem sua grade de programação com a final do BBB, jogo da seleção brasileira ou com a vida das celebridades. Em contramão disso, no dia 1º de abril o STF julgará o Recurso Extraordinário 511961 que poderá deixar de exigir dos jornalistas o diploma universitário dando a quem quiser a oportunidade de ser mais um comunicador.
Por um momento essa decisão até pode ter um cunho democrático, dando voz e vez a todos os que querem se manifestar. Mas e o conhecimento teórico, normas de ética da profissão, discussão em sala de aula, onde esses futuros jornalistas encontrarão isso? Por fim, acredito que muitas pessoas já nascem com certo dom, tipo uma pedra valiosa. Mas até mesmo a mais linda pérola precisa ser trabalhada para se tornar mais linda e admirável.

Um comentário:

Violeta disse...

Depois de um ano da tua última postagem e conhecendo hoje teu blog, fiquei envergonhada!
Eu como estudante de Direito me envergonho com determinadas decisões da nossa suprema corte...
Pra que diploma de jornalismo se para ser ministro do STF não precisam de diploma em Direito... podem ser economistas, filósofos, sei lá o que mais... mas garanto que pra dar essa decisão ridícula, não tinha nenhum jornalista, que passou anos de sua vida em busca de um diploma e se qualificou pra exercer uma profissão...

Se não é necessário diploma, não é mais profissão???

PS: sai do meu blog e passei a usar de devaneios no teu blog...
Mas não são singelos devaneios... são frustrações de um judiciário que envergonha!