sábado, 21 de março de 2009

Jornalista ou jornaleira



Jornalista ou jornaleira? O que o futuro me reserva?
Quando se é criança e algumas qualidades saltam aos olhos alheios, logo te atribuem a alguma profissão. Se gostas de dar explicações ou ensinar, é professora. Se fores curioso, metido mesmo, acabou de nascer mais um advogado e assim se vai.
Ao ingressar na faculdade, acompanhado de materiais escolares (isso para os mais frescos), e um monte de coisas que no final das contas vais cair na real e ver que acabarás usando os mesmos até o final do curso (mesmo que isso dure seis anos como foi o meu caso), entrarão na sala de aula com os cadernos, canetas e tranqueiras em geral, as esperanças de um “mundo melhor”.
Esse fenômeno, que não é o Ronaldo Nazário, norteará sua vida até o segundo semestre, ou até a terceira rodada de cerveja nas redondezas da faculdade. Não que beber seja ruim, é uma maravilha da natureza, mas como diz o velho ditado, “a bebida entra e a verdade sai”, e daí por diante será constatado que fazer faculdade é uma perda de tempo.
Bom, fiz essa longa introdução para expor aqui a atual realidade dos estudantes brasileiros que se formam e não conseguem emprego. O governo cria campanhas de incentivo na área do ensino superior, assim como projetos de financiamento para o estudo, vagas e cotas. Ou seja, um bando de coisas que propiciam a realização de uma faculdade para todos. No entanto, o senhor Presidente da República (ex-operário), não se deu por conta do grandioso número de pessoas que se formam todos os anos e são jogadas no mercado de trabalho.
Esses profissionais, sem qualquer perspectiva de executar a profissão para qual passou anos estudando, lendo polígrafos, fazendo trabalhos ou simplesmente executando a milenar arte de “colar” acabam se frustrando e tornam-se somente números bonitos para serem apresentados no exterior, ou para nossos governantes tentarem provar que nosso país está se qualificando.
Enfim, um curioso pensamento vem rondando minha mente, onde estudo principalmente pedir meu dinheiro de volta da faculdade que cursei. Virar operária, ser oposição dos governos em atividade, falar mais errado ainda do já falo, e depois de tudo isso virar presidente da república, matutam minha mente todos os dias. Com esses gestos, vou ter minha grana de volta, ganhar mais dinheiro ainda, ser famosa (sem precisar entrar no BBB), viajar o mundo todo e de quebra, tchan, tchan, tchan (que não é o da Bahia), ter um diploma de graça (ser diplomada que nem o Lula).
Pena que fiz o ensino médio, senão até semi-analfabeta eu pegava essa vaga e não tava aqui distribuindo currículo que nem uma louca ou fazendo círculos no jornal de domingo.

PS 1 : Um dia pretendo exercer a profissão de jornalista e não precisar usar mais esse blog para escrever esse bando de besteiras.

PS 2: Não apliquei as novas regras de português no texto. Pensando bem, nem as velhas eu sei direito.

2 comentários:

Fernando disse...

Boa , Camilinha, mas para ficar com a cadeira do omi terás que cortar o dedinho (não sei se o direito o esquerdo). Se estás pronta para este sacrifício então poderás ser mais um turista pago com o nosso dinheiro.

Retratos disse...

Bah senhor Franz, isso é ruim. Ou bom, pois posso usufruir das cotas para deficientes físicos.